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ARTIGO ORIGINAL

Cirurgia coronária com condutos arteriais múltiplos sem circulação extracorpórea

Daniel Navia; Mariano VRANCIC; Guillermo Nuncio Vaccarino; Fernando Piccinini; Eduardo IPARRAGUIRRE; Marcelo CASAS; Jorge THIERER

DOI: 10.1590/S0102-76382005000100010

INTRODUÇÃO

A circulação extracorpórea (CEC), utilizada pelos cirurgiões cardíacos nos últimos 35 anos, tem permitido efetuar cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) em pacientes cada vez mais complexos, com maior risco cirúrgico e com melhores resultados. Porém, seu uso acompanha-se de certa morbidade e, em algumas situações clínicas, associa-se a maior incidência de morbimortalidade pós-operatória. Os efeitos deletérios da CEC manifestam-se em alterações fisiológicas secundárias à exposição do sangue a superfícies plásticas de tubos, oxigenadores e filtros que, junto com a ação de aspiradores do campo cirúrgico, produzem destruição de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Também está demonstrada a ativação do sistema inflamatório com liberação de citocinas e o aumento da permeabilidade capilar com potencial alteração da maioria dos órgãos [1].

Além disso, o uso da CEC, associado à manipulação da aorta ascendente durante a canulação e pinçamento, foi identificado como fator de risco independente para a presença de acidente vascular cerebral (AVC) devido à embolia de material aterosclerótico e de ar [2]. Apesar destes eventos poderem ser reduzidos, o risco com o emprego da CEC em pacientes idosos e de alto risco continua sendo considerável. O avanço tecnológico desenvolveu estabilizadores coronários de última geração, adequados para efetuar uma anastomose apropriada em todos os territórios coronários afetados sem a utilização de CEC.

Outro aspecto de suma importância é o tipo de conduto utilizado para efetuar a revascularização coronária. Em tal sentido, LYTLE et al. [3] demonstraram maior benefício terapêutico a longo prazo comparando um grupo de pacientes nos quais se utilizaram ambas artérias torácicas versus o grupo de pacientes com uma só artéria torácica, transformando-as nos condutos arteriais de primeira escolha.
O objetivo do presente trabalho é:
a) Analisar os resultados em 30 dias de um grupo de pacientes operados em forma consecutiva nos quais se efetuou cirurgia coronária exclusivamente com condutos arteriais múltiplos e sem a utilização de CEC;
b) Identificar preditores de risco para morbimortalidade com o emprego desta estratégia cirúrgica.

MÉTODO

Entre maio de 1999 e março de 2004, foram realizadas 1.253 CRM. Em 674 (54%) pacientes, foram utilizados exclusivamente condutos arteriais múltiplos. Os últimos 203 pacientes com doença de múltiplos vasos foram operados sem CEC e representam o grupo de pacientes deste estudo retrospectivo. Esta estratégia de CRM sem CEC foi utilizada de forma seletiva e esporádica no início de 1999 e foi a partir de dezembro de 2001 que se adotou o uso da técnica sem CEC como conduta habitual em todos os casos de CRM. Finalmente, a partir de novembro de 2003, decidiu-se efetuar CRM sem CEC com condutos arteriais múltiplos como conduta de revascularização de rotina em todos os pacientes com doença de múltiplos vasos. Dos pacientes operados, 81,7% apresentaram doença de três vasos coronários; foram excluídos os pacientes com doença de um vaso coronário.

Este protocolo de estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética Institucional.

Técnica operatória

Todos os pacientes incluídos neste estudo foram operados seguindo a estratégia de efetuar revascularização completa com mais de uma ponte. Utilizaram-se ambas as artérias torácicas internas (direita e esquerda) e a artéria radial não dominante como únicos condutos para revascularização coronária.

Ambas as artérias torácicas foram utilizadas esqueletizadas com a intenção de obter uma maior extensão do enxerto arterial e, por sua vez, preservar a integridade da parede torácica. A artéria radial foi dissecada com um mínimo de pedículo, segundo técnica convencional.

No início da experiência, utilizamos a artéria torácica interna esquerda (ATIE) e a artéria radial (AR). A partir de abril de 2003, a AR foi substituída pela artéria torácica interna direita (ATID), especialmente para a revascularização de três ou mais vasos. A configuração freqüentemente utilizada foi ATIE in situ anastomosada à artéria coronária descendente anterior e a ATID como conduto livre seqüencial para as artérias circunflexa e descendente posterior da CD (Figura 1). A AR foi eventualmente utilizada para prolongar a ATID com o objetivo de alcançar a descendente posterior ou efetuar enxerto em T até a diagonal desde a ATID.

Foram utilizados estabilizadores de última geração do tipo Octopus IV® (Medtronic) ou Expose® (Guidant) e shunts intracoronários e/ou torniquetes de oclusão coronária proximal, durante a confecção da anastomose. Cabe destacar que não se efetuaram anastomoses proximais na aorta em nenhum paciente dessa série.

Depois de finalizada a revascularização coronária, efetuou-se controle das anastomoses, utilizando aparelho de doppler com transdutor vascular de 8 mHz, com o propósito de obter velocidade e sinal de fluxo diastólico em cada anastomose como marcador de perviabilidade.

Todos os pacientes do grupo foram operados com a intenção de efetuar CRM sem CEC (intention to-treat) e foram considerados critérios para mudar a estratégia operacional a CRM com CEC: instabilidade hemodinâmica, artérias coronárias calcificadas e/ou intramiocárdicas.


Fig. 1 - Técnica de revascularização arterial exclusiva mais freqüentemente utilizada. LIMA: artéria torácica interna esquerda, RIMA: artéria torácica interna direita.


Análise Estatística

As variáveis discretas são apresentadas como porcentagem e se comparam com Teste de Qui-quadrado. As variáveis contínuas se expressam como média e desvio-padrão e comparadas com teste T de Student. Considerou-se significativo p<0,05.

Realizou-se análise bivariada para estabelecer a relação das variáveis basais com a ocorrência do evento (morbimortalidade). Todas as variáveis significativas na análise bivariada com valor de p <0,10 foram incluídas na análise multivariada, na qual se identificaram mediante regressão logística múltipla as variáveis preditoras independentes. Algumas variáveis, apesar de não serem significativas na bivariada, foram igualmente incluídas na análise multivariada, por terem sido mencionadas na bibliografia.
A análise estatística se realizou com o software STATA 7.0.

RESULTADOS

O grupo de pacientes apresentados neste estudo representa 42% de todas as cirurgias coronárias sem CEC efetuadas neste período.

A média de idade dos pacientes foi 63,9±9,13 e 30% tinham idade igual ou superior a 70 anos, com 89,5% do sexo masculino (Tabela 1A).



Tabela 1. A) Características basais dos pacientes, B) Dados intra-operatórios.


Tabela 2. Complicações pós-operatórias.


Utilizou-se a artéria torácica interna esquerda em 100% (n=203) dos casos, a artéria torácica interna direita em 57% (n=116) e a artéria radial esquerda em 62% (n=120).

O número total de anastomoses coronárias distais efetuadas foi 576, com mediana de três pontes coronárias por paciente (Tabela 1B).

A taxa de conversão para cirurgia com CEC foi de 1,5% (três pacientes), devido à instabilidade hemodinâmica. Nenhum destes pacientes faleceu.

Utilizaram-se técnicas anestésicas com protocolo de extubação pós-operatória imediata (ultra fast-track), que permitiu extubar 90% dos pacientes no centro cirúrgico [4].

Estiveram livres de todo tipo de complicação pós-operatória, 74% dos pacientes operados. A média de dias de internação na UTI foi 1,4±1,2 dias e o tempo total de internação pós-operatória foi 5,1±2,4 dias. As complicações pós-operatórias foram: fibrilação atrial em 12,8%, insuficiência renal 3%, diálise em um paciente, IAM em 1,47%, baixo débito cardíaco 4%, reoperação por sangramento 1,47%, mediastinite 1,47%, AVC com seqüela 1,47%. A mortalidade intra-hospitalar foi de 2,45%. Cinco pacientes faleceram no pós-operatório imediato, três de causa cardíaca (Tabela 2).

Na análise univariada, as únicas variáveis que apresentaram significação estatística foram: idade (63,8 vs. 61 anos) p= 0,02 (teste T de Student) e diabetes (32,5% vs. 17,1%) p= 0,003 (teste de Qui-quadrado). Na análise multivariada, somente a idade (OR 1,04 95% IC 1-1,08 p= 0.03) mostrou ser uma variável independente para maior risco de complicações pós-CRM sem CEC (Tabela 3).


Tabela 3. Preditores independentes para complicação pós-operatória. Análise multivariada.


COMENTÁRIOS

Na análise das características basais da população, destaca-se a elevada incidência de pacientes com IAM prévio e diabetes mellitus, como dois indicadores de doença coronária grave (Tabela 1A).

Durante o ano de 2003, a porcentagem de cirurgia sem CEC foi superior a 70%, confirmando uma mudança na estratégia cirúrgica de revascularização coronária a favor da CRM sem CEC, com pontes arteriais, sem a utilização de pontes venosas.

Melhor tratamento médico e uma diminuição na incidência de restenose coronária logo depois de angioplastia, devido à utilização de novos dispositivos, resultou em uma mudança nas características e na gravidade da doença coronária dos pacientes que precisam da CRM. Os pacientes operados atualmente são mais idosos e com um maior número de doenças associadas, aumentando seu risco peri-operatório.

Na atualidade, a CRM deve se transformar em um tratamento com menor morbidade peri-procedimento, sem sacrificar seu marcado efeito clínico sobre o seguimento a longo prazo. Nesse sentido, este estudo representa uma mudança na estratégia de revascularização coronária que se baseia em dois princípios:

a) Potencializar o efeito terapêutico clínico da CRM em longo prazo com o emprego exclusivo de condutos arteriais com comprovada perviabilidade em longo prazo;

b) Simplificar e diminuir ao máximo os riscos de morbimortalidade do procedimento de revascularização coronária, efetuando CRM sem CEC como técnica habitual.

Há mais de 20 anos, demonstrou-se superioridade da artéria torácica interna sobre as pontes de safena para revascularizar a parede anterior do coração. Muitos cirurgiões tentaram estender este benefício até outros territórios coronários com o uso de múltiplos condutos arteriais. A dificuldade técnica e a maior incidência de complicações impediram estender esta estratégia, apesar de ser considerada a melhor forma de efetuar CRM. LYTLE et al. [3] demonstraram, estatisticamente, que os pacientes revascularizados com duas artérias torácicas, em comparação com os pacientes com uma só artéria torácica, tiveram maior sobrevida e maior período livre de reoperação e/ou angioplastia em 15 anos de seguimento. Baseados nesta e em outras experiências [5], resolvemos mudar nossa estratégia de revascularização coronária para a utilização de condutos arteriais exclusivamente com o propósito de garantir um maior benefício em longo prazo. Nesta série, a incidência de complicações foi baixa, especialmente a presença de mediastinite pós-operatória, que foi similar à totalidade do grupo de pacientes com CRM. No início desta experiência, os pacientes com condutos arteriais múltiplos foram selecionados e esta estratégia se converteu em rotina de revascularização em todos os pacientes a partir de janeiro de 2004.

Outro componente da mudança de estratégia efetuada foi a eliminação da CEC para efetuar CRM. A utilização de cirurgia sem CEC tem apresentado um marcado ressurgimento, a partir de 2000, junto a uma melhor técnica anestésica, uma maior experiência cirúrgica e um marcante desenvolvimento tecnológico, transformando-se em uma técnica confiável e reprodutível. No início, esta técnica se acompanhou de uma maior incidência de pacientes com revascularização incompleta devido à dificuldade técnica de revascularizar a parede lateral do ventrículo esquerdo; isto tem sido superado na atualidade. Foi publicada uma quantidade crescente de estudos retrospectivos e, em menor escala, estudos randomizados que demonstram os benefícios de efetuar CRM sem CEC. A maioria destas análises dá ênfase aos resultados em mortalidade hospitalar, à possibilidade de efetuar revascularização completa com emprego de pontes arteriais, à incidência de AVC e dano cognitivo, ao dano da função renal, à menor morbidade e estadia hospitalar, aos resultados segundo o sexo [6-7].

Um estudo multicêntrico sobre 17.969 pacientes operados sem CEC, da base de dados da Society of Thoracic Surgeons (STS), avaliados em forma retrospectiva e com análises estatísticas para obter grupos de risco comparáveis (com e sem CEC), demonstrou uma menor mortalidade hospitalar para o grupo sem CEC no qual se efetuou revascularização completa [8]. MACK et al. [9] em um estudo sobre 7.283 pacientes sem CEC, identificaram o uso de CEC em pacientes maiores de 75 anos como um preditor de risco para mortalidade (OR 2,13 IC95% 1.20-3.76, p= 0,01). Outros estudos realizados, randomizados, duplo-cegos e em pacientes operados em forma eletiva, não mostraram diferença em relação à mortalidade hospitalar [10]. Embora não tenhamos realizado um estudo comparativo, o grupo de pacientes apresentados foi operado de forma eletiva e a mortalidade hospitalar não foi diferente da reportada pelo nosso serviço para o grupo de pacientes operados com CEC [11].

Em uma meta-análise, incluindo 53 estudos publicados, RESTON et al. [12] incluíram 46.621 pacientes com CRM sem CEC e obtiveram uma menor incidência de infarto peri-operatório, AVC, reoperação por sangramento, insuficiência renal e mortalidade imediata e a médio prazo nos pacientes sem CEC vs os operados com CEC. A obesidade é uma condição pré-operatória de maior mortalidade pós-CRM. ASCIONE et al. [13] analisaram o efeito dessa variável em pacientes com CRM com e sem CEC (674 pacientes sem CEC vs. 2.844 pacientes com CEC) e puderam demonstrar que os pacientes operados sem CEC apresentaram menor mortalidade, menor necessidade de transfusões de sangue e derivados, menor incidência de complicações neurológicas e menor estada hospitalar.

Outro dado importante a considerar é a possibilidade de efetuar a mesma qualidade da CRM, com revascularização completa, com o emprego da técnica sem CEC. Isto é muito importante de se destacar, pois a maioria dos estudos publicados no princípio apresentava um número menor de pontes por paciente do que os operados com CEC sendo, portanto, populações não comparáveis. PUSKAS et al. [14] realizaram um estudo randomizado comparando ambas técnicas com revascularização completa (3,4 pontes por paciente em ambos os grupos) e demonstraram que os pacientes com CRM sem CEC operados em forma eletiva apresentaram menor grau de lesão miocárdica, menor necessidade de transfusão de sangue e menor estada hospitalar.

Em nossa série, efetuamos revascularização completa com a utilização exclusiva de múltiplos condutos arteriais e obtivemos os mesmos resultados quanto à exeqüibilidade técnica e morbimortalidade do procedimento que os apresentados por SINGH et al. [15]. A não manipulação da aorta ascendente poderia ser um dos fatores responsáveis pela baixa incidência de problemas cerebrais pós-operatórios. Desde o início, a CRM sem CEC foi considerada a solução ideal para evitar a presença de AVC pós-operatório. Depois de vários estudos publicados, foi possível identificar fatores que estariam associados com maior incidência de AVC pós-operatório.

Entre eles se identificaram o uso de CEC, a manipulação da aorta ascendente (pinçamento e/ou anastomoses proximais), a idade (>75 anos), assim como alguns dos fatores com maior incidência de problemas cerebrais após CRM. JOHN et al. [2], depois de analisarem um estudo multicêntrico sobre 19.244 pacientes, identificaram o uso de CEC como um dos preditores de risco para AVC (p = 0,0004; OR, 1,27 per. 60 minutos) após CRM. Outro estudo a favor de menor incidência de AVC em CRM sem CEC é o apresentado por LEE et al. [16] que, depois de randomizarem um significativo número de pacientes, concluíram que os pacientes operados sem CEC apresentam uma redução significativa de microembolia cerebral intra-operatória (doppler transcraniano), melhor perfusão cerebral pós-operatória (SPECT) e melhora nas funções neurocognitivas no pós-operatório de duas semanas e de um ano.

Contudo, SABIK et al. [17] não encontraram diferenças significativas quanto à presença de AVC pós-operatório comparando duas populações bem selecionadas. Na nossa série, apesar do grupo de pacientes ter CRM eletivo e sem manipulação da aorta ascendente, a incidência de AVC não foi zero. Este dado evidencia que existem muitas causas relacionadas com este tipo de complicação. Ainda que a controvérsia exista, há situações clínicas, por exemplo em pacientes idosos (>75 anos) e aorta ascendente com placas de cálcio e/ou com antecedentes de AVC, em que a CRM sem CEC tem melhores resultados [18]. O uso da cirurgia sem CEC tem se associado com menor deterioração da função renal pós-operatória expressa por menor diminuição do filtrado glomerular e melhor preservação do quociente albumina/creatinina dentro das primeiras 48 horas da CRM, sobretudo em pacientes de alto risco [19].

Finalmente, se compararmos estes resultados com os obtidos num grupo de pacientes operados com CEC, não evidenciaríamos diferença no que diz respeito à mortalidade hospitalar. Porém, uma análise mais detalhada permite concluir que com o emprego da nova forma de CRM efetuamos revascularização completa com maior número de pontes por paciente sem a utilização de condutos venosos. Também se destaca que, embora sejam utilizadas ambas as artérias torácicas internas e considerando que se trata de uma cirurgia com maior complexidade técnica, não tivemos diferenças na incidência de mediastinite, baixo débito pós-operatório, insuficiência renal e AVC. Houve menor incidência de fibrilação atrial e pôde-se acelerar a recuperação pós-operatória com a extubação intra-operatória da maioria dos pacientes bem como também uma menor estada hospitalar [20].

CONCLUSÃO

A CRM sem CEC com a utilização de condutos arteriais múltiplos em um grupo consecutivo de pacientes permitiu efetuar uma revascularização coronária completa com baixa mortalidade e baixa incidência de eventos pós-operatórios maiores (AVC, insuficiência renal, IAM, mediastinite). O emprego de rotina desta nova estratégia cirúrgica permitiu simplificar o procedimento cirúrgico expresso na possibilidade de extubação intra-operatória e na menor estadia hospitalar. Estes resultados foram possíveis depois de uma completa reengenharia do grupo atuante na sua totalidade, condição indispensável para atingir esta nova forma de efetuar CRM.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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