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CARTAS AO EDITOR

Cartas ao Editor

DOI: 10.1590/S0102-76382005000200019

Ser presidente de uma sociedade...

Como ser "MÃE... É PADECER NO PARAÍSO".

Qualquer pessoa escolhida numa eleição para presidir entidade, condomínio, associação, sindicato, empresa, órgão dos poderes Legislativo, Judiciário ou Executivo, antes de tudo tem que compreender sua enorme responsabilidade perante sua coletividade: os que o elegeram e os que votaram contra.

Precisa ser honesto ao lidar com os recursos do órgão que dirige, sempre insuficientes para realizar o programa aprovado pela maioria. Quanto aos sonhos de modernidade, de dar passos à frente no interesse da categoria, nem pensar. Será possível obter ganhos pela criatividade que deve ter, o que às vezes opera milagre!

A administração com honestidade possibilitará realizar muito.

O presidente deve estar cercado de pessoas de bem, competentes, decentes, éticas, que comunguem dos mesmos ideais da maioria - sem, no entanto, afastar os críticos sinceros para que haja o contraponto necessário e para impedir que o poder suba à cabeça, porque todo poder, por menor que seja, é embriagador.

Deve dedicar-se quase por inteiro à entidade, aplicando na ação em benefício dela muitas horas de todos os seus dias - e de suas noites, também - sendo mágico e equilibrista para coordenar os deveres de presidente com seus afazeres profissionais (que o remuneram para sobreviver e pagar as despesas da família, cada vez maiores devido aos impostos escorchantes que nos impõem).

Ser presidente de uma sociedade é se debater com a burocracia inevitável, assinar papéis, enviar ofícios, muita correspondência. É estar disposto a ouvir críticas, educadas ou não, justas ou absurdas, tudo em nome do bem coletivo.

É se dispor a viajar - para reuniões de muito trabalho. As viagens levam alguns a sonhar também ser presidente, ignorando que às vezes se viaja para onde não se gostaria, com quem não se deseja, e quando se começa a gostar - pois até no inferno há seus atrativos - ter que voltar...

É escutar sempre os anseios de seus eleitores, ponderar e ter o equilíbrio de discernir em prol do interesse da maioria, sujeitando-se ao desconforto dos insatisfeitos. É ter equilíbrio para não se irritar contra os que não cumprem suas obrigações com a tesouraria da entidade, comportamento equivocado que prejudica a coletividade e o próprio inadimplente.

Os padecimentos são muitos. Há vários outros, mas fico por aqui, pois seria enfadonho mencionar. Mas existe o paraíso... Ser presidente com o apoio e o respeito de seus colegas é muito bom. Especialmente quando grande número deles se reúne no congresso anual da categoria, viver a alegria do reencontro e do abraço, enriquecer-se com a troca de experiências, poder homenagear nossos mestres e ver nos olhos de cada um - olhos que são a vitrine da alma - a aprovação pelo resultado do que foi feito em equipe durante todo um ano de trabalho, para o bem de todos.

Ser presidente dedicado, voltado para o bem comum, ser responsável nas atitudes (mesmo tendo que trabalhar duro), muitas vezes com prejuízo de suas atividades profissionais e até familiares, não deixa de ser um padecimento. Porém, como diz o filósofo, ser presidente assim é como ser mãe... é padecer no paraíso do dever cumprido!

Dr. Alexandre Visconti Brick

Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular

Luiz Mendonça

Assessor parlamentar de imprensa da SBCCV


Descritores

Lendo o artigo especial publicado na sua revista intitulado "Importância do uso correto dos descritores nos artigos científicos" no volume 20, n.1, páginas vii-ix, 2005, gostaríamos primeiramente de parabenizá-los pela iniciativa educativa junto aos autores e editores no uso dos descritores.

Como bibliotecárias, deparamo-nos com algumas inconsistências que gostaríamos de pontuar, no sentido de colaborar para aprimoramento do artigo.

1) No texto onde encontra-se menção à base de dados do MeSH na NLM como referência [1], essa referência não corresponde a esse artigo e sim a um artigo de minha autoria sobre a base de dados do DeCS. (Pellizzon RF. publicado na Acta Cir Bras)

2) No item Busca há uma sugestão de consulta através do DeCS pela consulta por índice ALFABÉTICO, quando na verdade o ideal para buscar todos descritores contidos na raiz da palavra digitada é pelo consulta por índice PERMUTADO, que fornece ao pesquisador uma visão geral de todos as palavras contidas no descritor pesquisado e reconhecida e validadas mundialmente.

3) Ainda no item de Busca - o endereço eletrônico citado da NLM para acessar a base de dados MeSH está incorreto. O endereço correto é http://www.nlm.nih.gov/mesh/

4) Ainda no item de Busca- a pesquisa na base MeSH quando menciona que os qualificadores devem ser pesquisados no item "Allowable Qualifiers" sugerimos que faça menção de que nessa busca via 'all of above" os qualificadores também aparecem e mais abaixo também aparece o Tree structures ( que corresponde ao índice hierárquico onde o descritor aparece dentro de um grande assunto hierarquicamente relacionado a ele)

5) No item Riscos - o autor OLIVEIRA et al. deve vir como Oliveira et al uma vez que letras Maiúsculas caracteriza a normalização pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e não pelo estilo de Vancouver, que é o adotado pela revista.

Parabéns pela iniciativa de colaborar na padronização da terminologia dos artigos científicos e como conseqüência melhoria na recuperação nas bases de dados na área da ciências da saúde.

Maria Elisa Rangel Braga

Diretora da Biblioteca Central da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp-EPM

Rosely de Fátima Pellizzon

Bibliotecária Responsável pelo Setor de Referência da Biblioteca Central, Unifesp-EPM e Pesquisadora do Núcleo de Comunicação Científica em Cirurgia
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