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ARTIGO DE REVISÃO

Nefrotoxicidade dos aminoglicosídeos

João Fernando P. OliveiraI; José Paulo CipulloII; Emmanuel A. BurdmannIII

DOI: 10.1590/S0102-76382006000400015

INTRODUÇÃO

Os antibióticos aminoglicosídeos são parte importante do arsenal terapêutico antibacteriano desde seu descobrimento, na década de 40. Os estudos que culminaram com o descobrimento desta nova classe de antibióticos iniciaram-se em 1939, no Departamento de Microbiologia da Unidade de Agricultura Experimental da Universidade Rutgers, de New Jersey, nos Estados Unidos. Em 1943, após examinar vários actinomicetos de solo, Waksman et al. [1] isolaram uma cepa de Streptomyces griseus, que produzia uma substância que inibia o crescimento do bacilo da tuberculose e de diversos microorganismos Gram-positivos e Gram-negativos, e a partir daí, em 1944, a estreptomicina foi isolada. A partir de então, foi descoberta uma série de novas substâncias com potencial antibacteriano, derivadas dos actinomicetos (Tabela 1) [2], assim como os aminoglicosídeos semi-sintéticos, amicacina e netilmicina derivados da canamicina e sisomicina, respectivamente.



O nome aminoglicosídeo se deve ao fato da molécula ser constituída por dois ou mais aminoaçúcares unidos por ligação glicosídica à hexose ou aminociclitol, que habitualmente está em posição central. O nome da substância tem relação com a sua origem. Aqueles que terminam com mycin são derivados direta ou indiretamente de Streptomyces e aqueles que terminam com micin são derivados direta ou indiretamente de Micromonosporona.

Os aminoglicosídeos têm peso molecular que varia de 445 a 600 daltons, são altamente solúveis em água, estáveis em pH 6 a 8 e possuem estrutura polar catiônica, o que impede a sua absorção oral e dificulta sua penetração no espaço intracelular ou através da barreira hematoencefálica. Sua atividade antimicrobiana ocorre principalmente em meio aeróbio e em pH alcalino, pois necessita de oxigênio para transporte ativo nas células microbianas e é mais ativo em meio alcalino do que ácido.

A farmacocinética de todos os aminoglicosídeos é bastante semelhante. Devido a sua natureza polar, são pouco absorvidos pelo trato gastrintestinal, sendo que menos de 1% da dose é absorvida após administração oral ou retal. A principal via de administração é, portanto, parenteral, com a droga atingindo concentração plasmática máxima depois de 30-90 minutos da aplicação intramuscular, e 30 minutos após sua injeção intravenosa.

A sua ligação à albumina plasmática é insignificante (£ 10%), com exceção da estreptomicina (têm ligação proteica em torno de 30%). O fato de serem insolúveis nos lipídios faz com que a sua concentração em secreções e nos tecidos seja reduzida, pois atravessam mal as membranas biológicas que não tenham um mecanismo de transporte. A meia vida sangüínea é de duas a três horas, nos pacientes com função renal normal.

Sua eliminação ocorre pelo rim, através de filtração glomerular, sendo sua depuração cerca de 66% da depuração simultânea da creatinina, em função de reabsorção tubular. A meia vida no córtex renal é estimada entre 30-700 horas, o que faz com que ainda haja eliminação urinária 20 a 30 dias após a administração da última dose da droga.

Todos os aminoglicosídeos agem pelo mesmo mecanismo da ação, exercendo seu efeito bactericida ao se ligarem ao ribossomo bacteriano. Desta forma, é necessário que penetrem no interior da célula bacteriana para que possam agir. Isto ocorre por meio da interação do aminoglicosídeo com a superfície celular, o seu transporte por meio da membrana e, finalmente, o acoplamento com o ribossomo.

A interação com a superfície celular ocorre de maneira passiva e sem gasto de energia. Quando o aminoglicosídeo se liga a estruturas carregadas negativamente na parede celular, ele competitivamente desloca Ca 2+ e Mg 2+, que mantêm a união entre as células, formando-se "buracos" na parede celular e alterando a permeabilidade da mesma. O transporte através da membrana celular é dependente de energia, ocorrendo em duas fases (F1DE e F2DE). A energia utilizada é gerada pelo transporte de elétrons para manter o potencial transmembrana. Uma vez no interior da célula, os aminoglicosídeos se ligam à subunidade 30S do ribossomo, diminuindo a síntese proteica e levando à leitura incorreta do RNA mensageiro, causando alteração no funcionamento da membrana celular com saída de constituintes essenciais ao funcionamento da célula, provocando a morte celular.

As concentrações séricas observadas com as doses terapêuticas estão próximas das doses tóxicas (baixo índice terapêutico). A toxicidade celular é característica comum dos aminoglicosídeos (exceto a espectinomicina), em função de sua absorção para o meio intracelular. Os seus efeitos tóxicos mais importantes são nefrotoxicidade, ototoxicidade e bloqueio neuromuscular. A freqüência relatada destes efeitos colaterais tem ampla variação, devido a diferentes critérios utilizados para diagnóstico. O bloqueio neuromuscular é raro, a ototoxicidade varia de 0 a 62% (coclear) e 0 a 19% (vestibular) e a nefrotoxicidade varia de 0 a 50% [2].

Vários estudos experimentais foram realizados na tentativa de elucidar os mecanismos da nefrotoxicidade. A existência de fatores genéticos foi sugerida devido a diferenças na susceptibilidade a nefrotoxicidade entre ratos, coelhos e outros animais [3]. O ponto de partida para a nefrotoxicidade é a ligação do fármaco com o túbulo proximal. Acredita-se que existam receptores específicos no túbulo proximal, onde ocorre endocitose do aminoglicosídeo (pela mesma via por onde são absorvidos aminoácidos, pequenos peptídeos e talvez poliaminas) [4]. A ligação na membrana tubular ocorre com a megalina, um receptor endocitótico expressado na membrana apical do epitélio tubular proximal. Ela é responsável pela reabsorção do filtrado glomerular e também se liga a proteínas de baixo peso molecular [5]. Uma vez ligado à megalina, o complexo aminoglicosídeo-megalina é transportado para dentro da célula e se une ao lisossomo, onde irá fundir-se com estruturas preexistentes, causando progressiva deposição de lipídeos polares, que adotam disposição lamelar concêntrica [6], formando o chamado corpo mielóide. Além disto, ocorrem várias outras alterações em organelas e enzimas, como nos ribossomos, nas mitocôndrias e na bomba Na/K-ATPase [7,8]. Deve-se ressaltar que a formação de corpos mielóides não é exclusiva dos aminoglicosídeos, ocorrendo também com outras drogas catiônicas. Os aminoglicosídeos acumulam-se gradualmente nos lisossomos e induzem alterações morfológicas. Os mecanismos através dos quais os aminoglicosídeos alteram a filtração glomerular não são ainda totalmente esclarecidos. Vários fatores foram incriminados como liberação de hormônios vasoconstrictores [9], liberação de fator agregador de plaquetas [10], deposição de restos celulares obstruindo néfrons individuais [11] e diminuição na superfície glomerular e/ou alteração na permeabilidade glomerular com diminuição do coeficiente de ultrafiltração glomerular [12,13].

INCIDÊNCIA

A literatura médica descreve aumento da insuficiência renal aguda (IRA) nefrotóxica, sendo os antibióticos responsáveis pela maioria dos casos, e entre eles os mais freqüentes são os aminoglicosídeos [14,15]. A incidência de IRA associada ao uso de aminoglicosídeos varia amplamente, devido a diferenças nos critérios diagnósticos e nas populações estudadas. De fato, a freqüência de nefrotoxicidade com essas drogas varia de 0 a 50% [16-18]. Em um pequeno grupo de voluntários jovens saudáveis, a incidência foi zero [19], enquanto chegou a 50% em pacientes idosos com doença multissistêmica [20]. Em pacientes internados em UTI, a incidência pode chegar até 76%, dependendo do critério utilizado para diagnóstico de nefrotoxicidade pelo aminoglicosídeo [21].

Na prática clínica, esse grupo de antibiótico tem amplo uso tanto na profilaxia [22-24] como no tratamento de infecções (mediastinite e endocardite) associados à cirurgia cardiovascular [25,26]. Neste contexto, podem produzir dano renal significativo.

Assim sendo, esta revisão tem como objetivo avaliar os fatores de risco relacionados à nefrotoxicidade pelos aminoglicosídeos e às medidas que podem ser adotadas para diminuir a incidência desta complicação.

FATORES DE RISCO

Em modelos animais, vários fatores foram relacionados à nefrotoxicidade dos aminoglicosídeos: doses múltiplas [27], sexo masculino [28], infecção, acidose, depleção de volume, depleção de sódio [29], hipocalemia [30], hipomagnesemia, doença hepática [31] e uso concomitante de outras drogas (vancomicina [32], teicoplamina [33], ciclosporina [34], cisplatina [35]). Os fatores que reduziram experimentalmente a nefrotoxicidade foram: dose única [36], sexo feminino [37], alcalose [38], hormônio tireoidiano [39], sobrecarga de cálcio [39], diabetes mellitus [40,41], uso concomitante de penicilina de amplo espectro [42], ácido poliaspártico [43]. O uso concomitante da cefalotina apresenta resultados conflitantes com um grupo relatando piora e outro melhora da nefrotoxicidade [44,45].

Clinicamente, existem pouco estudos que avaliaram fatores de risco para nefrotoxicidade por aminoglicosídeos. Eles podem ser divididos em estudos relacionados ao paciente, relacionados ao aminoglicosídeo e ao uso de drogas concomitantes (Tabela 2).



Entre os fatores relacionados ao paciente temos idade avançada [46], doença renal preexistente [47], hipotensão, depleção de volume e disfunção hepática [48,49]. Como fatores relacionados ao aminoglicosídeo, temos uso de doses elevadas [2], uso da droga por mais de três dias [2], diminuição no intervalo das doses [2], uso recente de aminoglicosídeo e administração da droga no período das 24h às 7h [50]. O uso concomitante de vancomicina, anfotericina B, furosemida, clindamicina, piperacilina, cefalosporina, foscarnet e uso de contraste iodado também se correlacionaram clinicamente com maior nefrotoxicidade [2]. Assim como nos modelos experimentais, o uso concomitante de cefalotina apresenta resultados conflitantes com relatos de piora da nefrotoxicidade ou de ausência de efeito nefrotóxico adicional. Vale ressaltar que nenhum desses trabalhos avaliou vários fatores concomitantemente.

ASPECTOS CLÍNICOS

A nefrotoxicidade por aminoglicosídeo causa IRA não oligúrica e queda na filtração glomerular, geralmente ocorrendo após sete dias de tratamento. A evolução para insuficiência renal oligo-anúrica e/ou diálise dependente é rara.

Além de reduzir a filtração glomerular, os aminoglicosídeos podem causar enzimúria, proteinúria, aminoacidúria, glicosúria e diversas alterações eletrolíticas, incluindo hipomagnesemia, hipocalcemia e hipopotassemia, podendo mesmo causar síndrome "Fanconi-like" [51] ou uma síndrome "Bartter-like" [52]. O exame de urina é pouco característico, às vezes com leucocitúria, proteinúria e cilindrúria [53]. A excreção aumentada de enzimas tubulares na urina sugere lesão tubular pelo aminoglicosídeo (alanina aminopeptidase, b-D-glucosamina e fosfatase alcalina) [54]. A concentração urinária de sódio e a fração de excreção de sódio são geralmente altas (maiores do que 40 mEq/l e 1%, respectivamente), como é comum em outras formas de NTA. Como não ocorre alteração no volume urinário, a nefrotoxicidade é freqüentemente detectada pelo aumento da creatinina sérica. O método mais sensível para diagnóstico precoce é a detecção da elevação no momento "de vale" e não no pico do aminoglicosídeo, que antecede a elevação da creatinina [53].

A concentração sérica de creatinina usualmente retorna ao normal dentro de 21 dias após interrupção do uso de aminoglicosídeo. Lesão tubulointersticial irreversível é incomum com nefrotoxicidade aguda por aminoglicosídeo, mas pode ocorrer com terapia prolongada com baixas doses [55] e naqueles pacientes com função renal prévia alterada [56]. A resolução do episódio agudo pode ser demorada, se o paciente permanecer hipovolêmico, séptico ou catabólico.

Na maioria dos casos existe recuperação da função renal. A evolução para lesão renal crônica é rara, mas pode ocorrer quando há outros fatores envolvidos. Foram descritos casos de recuperação incompleta da função renal devido à fibrose intersticial, em animais [57] e em humanos [58].

O tratamento para nefrotoxicidade pelo aminoglicosídeo é basicamente de suporte, consistindo em suspender o uso da droga (se possível), substituindo-a por outro antibiótico não nefrotóxico. Caso isso não seja possível, deve-se corrigir a dose do aminoglicosídeo pela função renal (aumentando o intervalo entre as tomadas). É importante evitar o uso de outras drogas nefrotóxicas neste período e manter balanço adequado de eletrólitos e líquidos.

PREVENÇÃO DA NEFROTOXICIDADE

Estudos experimentais

A prevenção da nefrotoxicidade pelo aminoglicosídeo (AG) pode ser focalizada em diminuir ou prevenir a acumulação de AG no rim, diminuir ou prevenir a fosfolipidose induzida pelo AG, proteger contra necrose e outras alterações celulares, proteger contra efeitos vasculares e glomerulares e/ou aumentar a capacidade da regeneração do rim.

Foram realizadas tentativas no sentido de formar um complexo extracelular com AG, utilizando-se compostos polianiônicos como sulfato dextran [59] ou drogas ácidas (piperacilina e fosfomicina) [60,61]. Tentou-se também diminuir a ligação com a borda em escova da membrana, alterando o pH da urina com uso de bicarbonato [62] e usando competidores com a ligação na borda em escova como cálcio [63] e lisina [64]. Todos esses estudos mostraram pouca aplicabilidade clínica por diminuir a eficácia da droga ou provocar toxicidade elevada.

Na década de 70, foram desenvolvidos AG, derivados da gentamicina e canamicina, a partir de uma alteração na cadeia N1, com objetivo de obter moléculas resistentes a enzimas bacterianas. A análise posterior mostrou que essas drogas (amicacina, isepamicina e arbecacina) reduziram a ligação com o ácido fosfolipídico junto com menor inibição da fosfolipase lisossomal [65], diminuindo desta maneira a toxicidade [66-68].

A co-administração do ácido poliaspártico com a gentamicina protegeu contra fosfolipidose e fofolipidúria [69], atenuando a nefrotoxicidade do aminoglicosídeo [70].

Formação de radicais livres também foi incriminada na lesão renal causada pelos aminoglicosídeos. Isso foi pressuposto a partir da observação que estes aumentam a produção de peróxido de hidrogênio pelo córtex renal em ratos e também por evidências indiretas ligadas ao fato de que agentes semelhantes aos AG, que inibem a síntese de fosfolipase A2 e glutationa [71], também causam IRA. Os agentes antioxidantes já testados incluem deferroxamina, metimazol, vitamina C, vitamina E e selênio [72]. Extratos de plantas medicinais com propriedade antioxidante também protegeram ou melhoraram a nefrotoxicidade induzida por AG. Entre elas, temos alho [73] e Ginkgo biloba [74]. Entretanto, esses antioxidantes naturais apresentam problemas para o uso clínico, por serem não específicos e conterem impurezas.

A administração de outros antibióticos concomitante com o aminoglicosídeo também pode diminuir a sua nefrotoxicidade. Demonstrou-se em ratos que o uso conjunto de AG com cefalosporina ou ceftriaxone diminuem a concentração intracortical de tobramicina. Este efeito protetor também foi notado com o uso de fleroxacin (fluorquinolona) [75] ou isepamicin [76] com gentamicina. No entanto, outros estudos mostraram piora da nefrotoxicidade quando o aminoglicosídeo foi associado à cefalotina de primeira geração.

Estudos clínicos

Existe variação circadiana da nefrotoxicidade pelo aminoglicosídeo. Isto foi notado pela primeira vez por Nakano e Ogawa [77], que observaram maior toxicidade renal em ratos quando a gentamicina foi administrada no período de repouso, do que no período de atividade. O mesmo foi comprovado em um estudo realizado em 179 pacientes com infecção grave, tratados com gentamicina ou tobramicina. A nefrotoxicidade foi de 34,6%, no período de repouso (0h às 7h30m) contra 12,5% (8h às 15h30m) e 9,3% (16h às 23h30m), no período de atividade [50]. Essa variação está relacionada a alterações no pH urinário, pois ocorre maior interação do aminoglicosídeo e dos fosfolipídeos aniônicos quando o pH é baixo [78]. Notou-se, tanto em animais como humanos, que o pH urinário é maior no período de atividade e após alimentação e menor no período de repouso e alimentação mínima [79].

O uso do AG em dose única diária diminui a sua nefrotoxicidade [27] com pelo menos a mesma efetividade que a mesma dose dividida em duas ou três tomadas ao dia [80]. O racional para isto deve-se a duas características farmacodinâmicas da droga: o efeito pós-antibiótico e o poder bactericida dependente da concentração. O efeito pós-antibiótico é o efeito inibitório persistente após a droga ser removida ou metabolizada e eliminado, observado contra muitos organismos gram negativos [81]. O poder bactericida depende da concentração e relaciona-se com o nível plasmático da droga [82]. Várias metanálises foram realizadas para comparar a nefrotoxicidade e a eficácia da administração única, mostrando a mesma eficácia e menor nefrotoxicidade e ototoxicidade [83]. A menor nefrotoxicidade é, provavelmente, devida ao menor acúmulo da droga no córtex renal, pois com uma dose maior única, mais droga é excretada e não é reabsorvida pelo túbulo, em função da velocidade de transporte das células tubulares [84].

A dosagem do nível sérico tornou-se rotina em alguns centros, mas os dados clínicos mostrando diminuição da nefrotoxicidade são conflitantes. A dosagem de nível sérico pode ser importante para garantir nível terapêutico adequado e evitar concentrações tóxicas. A dosagem do nível de pico deve ser realizada 30 minutos após a infusão venosa e 1 hora após a injeção intramuscular e serve para garantir que tenha sido alcançado o nível terapêutico. A dosagem do nível de vale deve ser realizada imediatamente antes da próxima dose a ser administrada. Uma elevação no nível de vale significa diminuição na taxa de filtração glomerular e é o primeiro indício de nefrotoxicidade pelo aminoglicosídeo, embora a extensão da acumulação renal da droga varie entre os pacientes [85].

CONCLUSÃO

Em resumo, apesar do risco de nefrotoxicidade, os aminoglicosídeos continuam como importante opção terapêutica no tratamento das infecções, em função de sua eficácia e custo. A sua prescrição de maneira correta pode diminuir ou atenuar consideravelmente a sua toxicidade. Nesse sentido, é fundamental conhecer quais são os fatores de risco relacionados à nefrotoxicidade e tentar corrigi-los, quando possível.

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