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CARTAS

Cartas ao Editor

Helcio Giffhorn

DOI: 10.5935/1678-9741.20120084

Quo Vadis

"Evaluating scientific quality is a notoriously difficult
problem which has no standard solution."

Per O Seglen

A elevação do fator de impacto (FI) da RBCCV de 0,963 (2011) para 1,293 (2012), representando um crescimento de 28,7%, é um fato importante e muito representativo. A liderança obtida, nesse momento, na área da cirurgia brasileira, é muito bem vinda [1].

A necessidade de localizar, analisar e avaliar os trabalhos científicos foi inicialmente proposta por Bush (1945), e culminou na organização da National Library of Medicine, do Impact Factor e também do Journal Citation Reports do Institute for Scientific Information (ISI), com a participação de Eugene Garfield (1955) [2,3].

O cálculo para o FI de uma revista para um determinado ano (X) é realizado da seguinte forma:

FI do ano X = Nº de citações do periódico obtidas nos dois anos anteriores ÷ Nº artigos publicados nos dois anos anteriores [2].

Além dele, existem mais de 30 índices de aferições. Nas palavras de Garfield (2006).

"Impact Factor is not a perfect tool to measure the quality of articles but there is nothing better and it has the advantage of already being in existence and is, therefore, a good technique for scientific evaluation" [4].

Mas, devemos melhorar sempre, mas como? Em "O segredo da visibilidade", Maurício da Rocha e Silva, editor da revista Clinics, ressalta pontos importantes para elevação do FI: a língua da ciência é o inglês, publicar bons artigos com alto impacto (a partir de membros do corpo editorial), publicação de suplementos específicos de um determinado assunto e manter a revista com acesso aberto instantâneo (permitindo maior visibilidade dos artigos publicados) [5].

Uma análise interessante publicada no European Heart Journal (2012) procurou relacionar fatores que possam predizer publicações e citações (a partir de resumos de trabalhos científicos encaminhados para congressos). A partir de dados do Congresso Europeu de Cardiologia de 2006, em que foram encaminhados 10.020 resumos de trabalhos científicos, a média de trabalhos publicados posteriormente foi de 38%. Identificaram-se estudos prospectivos, estudos randomizados com controle e inclusão de um número de pacientes > 100 como fatores independentes de aceitação para publicação [6].

Chegamos e passamos de 1,0. Quo Vadis?

 

Helcio Giffhorn - Cirurgião cardiovascular, membro da SBCCV - Curitiba/PR

REFERÊNCIAS

1. Gomes WJ. Elevação do fator do impacto. Available from URL: http://www.sbccv.org.br/medica/exibeConteudoMultiplo.asp?cod_Conteudo=660

2. Ruiz MA, Greco OT, Braile DM. Fator de impacto: importância e influência no meio editorial, acadêmico e científico. Rev Bras Hematol Hemoter. 2009;31(5):355-60.

3. Garfield E. Citation indexes for science: a new dimension in documentation through association of ideas. Science. 1955;122(3159):108-11. [MedLine]

4. Garfield E. The history and meaning of the journal impact factor. JAMA. 2006;295(1):90-3. [MedLine]

5. Marcolin N, Zorzetto R. O segredo da visibilidade. Pesquisa FAPESP. 2012;191:28-33.

6. Winnik S, Raptis DA, Walker JH, Hassun M, Speer T, Clavier PA, et al. From abstract to impact in cardiovascular research: factors predicting publication and citation. Eur Heart J 2012 Jun 5 [Epub ahead of print].

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