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ARTIGO ORIGINAL

Estudo comparativo entre cirurgia de revascularização miocárdica com e sem circulação extracorpórea em mulheres

Michel Pompeu Barros de Oliveira SáI; Leonardo Pontual LimaII; Fábio Gonçalves de RuedaIII; Rodrigo Renda de EscobarIV; Paulo Ernando Ferraz CavalcantiV; Emmanuel Callou da Silva ThéVI; Mozart Augusto Soares de EscobarVII; Ricardo de Carvalho LimaVIII

DOI: 10.1590/S0102-76382010000200018

INTRODUÇÃO

Tem sido estabelecido que as mulheres, quando comparadas aos homens, possuem taxas de morbidade e mortalidade maiores relacionadas à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) [1]. Tendo em vista estas taxas maiores em mulheres, são necessários estudos que examinem se mulheres que são submetidas à cirurgia sem circulação extracorpórea (CEC) recebem quaisquer benefícios comparados àquelas que se submetem à cirurgia com CEC.

Embora a CRM sem CEC tenha sido mais amplamente executada nos últimos anos, poucos dados estão disponíveis sobre a maneira como as mulheres se comportam em cada tipo de cirurgia (sem CEC versus com CEC). Trabalhos sugerem que o sexo feminino é fator de risco independente para maiores taxas de mortalidade e morbidade após CRM, mas a sobrevida em longo prazo e recuperação funcional são semelhantes a aqueles em homens que se submeteram à CRM [2-4].

Outros estudos têm sugerido que, em média, as mulheres têm um perfil clínico pré-operatório desvantajoso que pode influenciar, em muito, nesta diferença percebida. Estes achados não são universais, levando em consideração que diferenças significativas existem na prática clínica quando comparadas diferentes instituições [5].

É essencial que a segurança a curto e longo prazo, benefícios e eficácia da CRM sem CEC sejam avaliadas (a exemplo de outros estudos [6]), de maneira que possamos, de fato, saber se essa recente abordagem do tratamento cirúrgico da doença arterial coronariana é superior ou, pelo menos, não inferior, à técnica que já é estabelecida como padrão-ouro (CRM com CEC) pela literatura mundial, em pacientes do sexo feminino.

O objetivo deste estudo foi investigar as diferenças de desfechos em pacientes do sexo feminino submetidas à CRM com CEC em comparação àquelas submetidas à CRM sem CEC, traçando perfil clínico pré-operatório e analisando as diferenças nas taxas de complicações e eventuais diferenças nas taxas de mortalidade.


MÉTODOS

Foram estudados 941 pacientes do sexo feminino submetidas à CRM em dois centros: Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Universitário Osvaldo Cruz (HUOC) e Unidade de Cirurgia Cardiotorácica (UNITÓRAX) do Real Hospital Português, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005.

Foi realizada revisão retrospectiva a partir dos bancos de prontuários e livros de descrição cirúrgica dos respectivos centros anteriormente citados e, inicialmente, foram gerados dois grupos: CRM com CEC (392 pacientes) e CRM sem CEC (549 pacientes).

A partir de então, foram avaliadas, de forma comparativa, as seguintes variáveis:

  • Características clínicas pré-operatórias: idade média, idade > 70 anos, tabagismo, diabetes mellitus, caráter da cirurgia (urgência ou eletiva), insuficiência renal aguda, insuficiência renal crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), choque cardiogênico no pré-operatório, hipertensão arterial sistêmica, infarto prévio, vigência de infarto agudo, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca, tratamento percutâneo prévio, reoperação, doença mitral, distúrbio elétrico de condução miocárdica, doença vascular periférica, acidente vascular cerebral (AVC) prévio, angina instável;
  • Características do procedimento: número de vasos tratados (utilização apenas de enxerto de veia safena, apenas mamária, uso de ambas);
  • Complicações maiores relativas ao procedimento: choque hemorrágico, lesões neurológicas (AVC ou ataque isquêmico transitório - AIT), baixo débito cardíaco, insuficiência renal aguda com necessidade de hemodiálise;
  • Complicações menores relativas ao procedimento: respiratórias, síndrome da angústia respiratória aguda (SARA), infecção de ferida operatória, pneumonia, septicemia, doença vascular periférica, fibrilação atrial no pós-operatório, necessidade transfusão no pós-operatório;


  • Taxa de mortalidade

    Após coleta dos dados, as variáveis estudadas foram armazenadas em programa de EPI.INFO 6.0 para análise estatística. Teste t-Student foi utilizado apenas nas comparações das médias de idade e do número de vasos tratados (variáveis quantitativas). Para todas as outras variáveis (qualitativas), foi utilizado teste do qui-quadrado. Os resultados foram considerados estatisticamente significativos quando valor de P era menor que 0,05.

    Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Complexo Hospitalar do Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco - HUOC/PROCAPE, parecer nº 115/2009.


    RESULTADOS

    Características das pacientes (Tabela 1)





    Pacientes submetidas à CRM sem CEC tinham idade média de 68,6 anos e as submetidas à CRM com CEC tinham idade média de 69,2 anos (P=0,197). Trinta e cinco por cento do grupo CRM sem CEC tinham idade >70 anos contra 28,0% do grupo CRM com CEC (P<0,001). O grupo CRM com CEC foi mais propenso a apresentar hipertensão (P=0,008), infarto agudo do miocárdio (P=0,007) e AVC prévio (P=0,002). No grupo CRM sem CEC, havia mais pacientes com diabetes (P<0,003) e maior percentual de mulheres submetidas a tratamento percutâneo coronariano prévio (P<0,001). As demais variáveis não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos.

    Característica do procedimento (Tabela 2)




    Não houve diferença estatisticamente significativa em relação ao número total de vasos tratados (média 2,1 vs. 2,4; P=0,089). A grande maioria em ambos os grupos recebeu enxerto de mamária e safena. Em média, mulheres submetidas à CRM sem CEC receberam mais enxerto único de mamária esquerda (4,9% vs. 2,4%; P<0,001).

    Complicações maiores (Tabela 3)




    As taxas de choque hemorrágico (2,7% vs. 3,9%; P=0,0011), AVC (1,3% vs. 4,0%; P<0,001), acidente isquêmico transitório (0,3% vs. 3,5%; P=0,0011), baixo débito cardíaco (6,0% vs. 6,3%; P=0,43) e insuficiência renal aguda com necessidade de hemodiálise (0,9% vs. 4,8%; P<0,001) foram menores no grupo CRM sem CEC.

    Complicações menores (Tabela 3)

    As taxas de complicações respiratórias (2,4% vs. 5,7%; P<0,001), SARA (2,0% vs. 6,9%; P<0,001), infecção de ferida operatória (0,1% vs. 0,2%; P=0,114), pneumonia (0,6% vs. 0,9%; P=0,018), septicemia (0,9% vs. 1,5%; P<0,001), necessidade de hemotransfusão (30,6% vs. 68,7%; P<0,001) e fibrilação atrial (22,7% vs. 37,4%; P<0,001) foram menores no grupo sem CEC.

    Mortalidade (Tabela 3)

    A taxa de mortalidade foi menor no grupo CRM sem CEC em comparação ao grupo CRM com CEC (3,1% vs. 5,3%), entretanto, esta diferença não foi estatisticamente significativa (P=0,134).


    DISCUSSÃO

    É pouco claro se o gênero feminino é preditor de risco independente para complicações adversas na cirurgia de revascularização miocárdica ou se há outras variáveis ocorrendo mais frequentemente em mulheres, que aumentam o risco. O Bypass Angioplasty Revascularization Investigation (BARI) demonstrou que, após o ajuste dos fatores de risco em mulheres, o gênero feminino se mostrou preditor independente de sobrevida em 5 anos [7]. Outras razões possíveis incluem o fato de mulheres terem maior incidência de diabetes, que leva ao aumento das complicações operatórias, principalmente no grupo insulinodependente [8]. Apresentação tardia em estado de urgência e/ou emergência é também variável que ocorre mais frequentemente em mulheres, que leva a maiores taxas de complicações [9]. Já foi demonstrada maior incidência de hipertrofia ventricular esquerda em mulheres e cardiopatia hipertensiva em mulheres, o que tem sido proposto como causas de maiores complicações [5].

    Na tentativa de diminuir a morbimortalidade à CRM convencional, o procedimento sem CEC foi reintroduzido na década de 80 e difundido em todo mundo nos anos 90. Pela eliminação do bypass cardiopulmonar e da resposta inflamatória sistêmica associada a esta, era esperado que os desfechos adversos precoces pudessem ser reduzidos sem comprometimento dos desfechos em longo prazo. Análises retrospectivas de bancos de dados têm demonstrado benefício estatisticamente significativo na mortalidade operatória com o uso da CRM sem CEC [10,11]. Entretanto, todas estas análises são sujeitas aos vieses de seleção que não podem ser contabilizados em séries retrospectivas.

    A CRM com CEC ativa o complemento e a cascata fibrinolítica, contribuindo para sangramento no pós-operatório [12]. Em nosso estudo, observaram-se menores taxas de choque hemorrágico e também a redução da necessidade de hemotransfusões no grupo CRM sem CEC em comparação ao grupo CRM com CEC. Esta eliminação de hemotransfusão reduz também o risco de infecções [13]. Em nosso estudo, mulheres submetidas à CRM sem CEC tiveram menos pneumonia e septicemia em comparação às mulheres submetidas à CRM com CEC, entretanto, não podemos afirmar que esta diminuição de infecções foi necessariamente pela diminuição de hemotransfusões, uma vez que não fizemos esta análise.

    Estudos têm sugerido maiores taxas de AVC em pacientes submetidos à CRM com CEC em comparação aos submetidos à CRM sem CEC [14]. A CEC pode contribuir potencialmente para lesão neurológica pela perda da autorregulação do fluxo cerebral em baixas temperaturas ou pela baixa pressão de perfusão, micro e macroêmbolos, e alteração da barreira hematoencefálica pela resposta inflamatória sistêmica, resultando em edema cerebral [15]. Estudos randomizados [16,17] sobre CRM com CEC versus CRM sem CEC em pacientes multiarteriais demonstram claramente evidências bioquímicas e radiológicas significativas de maior lesão cerebral, assim como maior número de êmbolos cerebrais detectáveis [18] em pacientes submetidos à CRM com CEC. Estas informações são concordantes com nossos achados, nos quais mulheres submetidas à CRM sem CEC tiveram significativa redução das taxas de AVC e AIT no pós-operatório em comparação àquelas submetidas à CRM com CEC.

    Analisando os desfechos pós-operatórios precoces, demonstramos redução da incidência de baixo débito cardíaco no grupo CRM sem CEC (diferença estatisticamente não significativa). Este achado sugere um menor grau de lesão miocárdica com a CRM sem CEC. Alguns estudos [19] demonstram menor liberação de enzimas de injúria miocárdica no pós-operatório (CK, CK-MB, troponina T, parâmetros de lesão miocárdica) em pacientes operados com CRM sem CEC. A isquemia regional normotérmica na CRM sem CEC, pela interrupção temporária do fluxo da coronária abordada, parece causar menor lesão miocárdica em comparação com a isquemia global hipotérmica induzida pela parada cardioplégica [20].

    O estudo BHACAS-1 (Beating Heart versus Cardioplegic Arrest Studies) [21], assim como outro estudo prospectivo não-randomizado [22], demonstrou redução significativa na função glomerular (por meio do clearance de creatinina) e na função tubular (por meio da excreção fracionada de sódio e do clearance de água livre) quando do uso da CRM com CEC em comparação à CRM sem CEC. A etiologia da disfunção renal após cirurgia cardíaca é multifatorial [23] e, em pacientes com múltiplas comorbidades que são associadas com disfunção renal pós-operatória (idosos, diabéticos, insuficiência renal prévia), a CEC é associada a aumento do risco de desenvolvimento de insuficiência renal com necessidade de diálise [24]. Em nossa casuística, as mulheres submetidas à CRM sem CEC tiveram expressiva redução da taxa de insuficiência renal aguda com necessidade de diálise no pós-operatório em comparação àquelas submetidas à CRM com CEC.

    A resposta inflamatória induzida pela CEC parece comprometer a função pulmonar [24]. Em nosso estudo, as mulheres submetidas à CRM sem CEC demonstraram significativa redução das complicações respiratórias, indicando menor lesão pulmonar.

    Nos estudos BHACAS 1 e 2 [21], foi observado que a CRM com CEC estava associada a maior taxa de arritmias no pós-operatório em comparação com a CRM sem CEC. Outro estudo [25] demonstrou que a CEC associada à parada cardioplégica era preditor independente de fibrilação atrial no pós-operatório. Mais uma vez, nossos achados são concordantes com estes trabalhos, com incidência de fibrilação atrial no pós-operatório de CRM sem CEC significativamente menor que no grupo submetido à CRM com CEC.

    A taxa de mortalidade foi menor no grupo CRM sem CEC em comparação ao grupo CRM com CEC (3,1% versus 5,3%; 17 e 21 pacientes, respectivamente), entretanto, esta diferença não foi estatisticamente significativa. Embora esta diferença pareça pequena, se traduzirmos estes dados em termos de risco relativo, a CRM sem CEC apresentou decrescimento de 41,5% de mortalidade em relação à CRM com CEC. Deve-se levar em consideração o fato de que no grupo CRM sem CEC havia maior percentual de mulheres diabéticas (P<0,003) e que, apesar de a diferença de idade média nos grupos não ser estatisticamente significativa, este grupo apresentou maior percentual de mulheres com mais de 70 anos (P<0,001).

    Recentemente, Shroyer et al. [26] publicaram polêmico trabalho (ROOBY Trial) a respeito do tema CRM sem CEC versus CRM com CEC. O estudo foi iniciado em 2002 e finalizado em 2008, randomizando 1099 pacientes para o grupo CRM com CEC e 1104 pacientes para o grupo CRM sem CEC (todas cirurgias eletivas, nenhuma de urgência). Na análise em curto prazo, o desfecho primário do estudo incluía um composto de morte ou complicações no pós-operatório, como, por exemplo, reoperação, novo suporte mecânico ou parada cardíaca dentro dos primeiros 30 dias de pós-operatório.

    Os investigadores não observaram quaisquer diferenças nos desfechos entre os grupos CRM com CEC ou sem CEC. Entretanto, devemos salientar vários aspectos que limitam as conclusões deste estudo: não era duplo-cego; baixa média de procedimentos realizados por cirurgião; mais da metade das cirurgias realizadas por médicos residentes; 99% dos pacientes eram homens; análise de perviabilidade apenas com cateterismo no período pós-operatório, sem confirmação de perviabilidade dos enxertos equivalente entre os grupos no período intraoperatório ao final do procedimento (o que deixa os resultados à mercê de possíveis falhas técnicas no momento do fechamento do tórax). Tal estudo deve ser lido e interpretado cuidadosamente, evitando prejudicar a utilização da CRM sem CEC - procedimento cirúrgico já consagrado e que tem demonstrado tantos benefícios aos pacientes.

    Há algumas limitações importantes no presente estudo que demandam cautela nas interpretações: 1) Os dados aqui apresentados não são ajustados para o risco específico atribuído às características clínicas, sendo possível que a escolha do procedimento cirúrgico seja baseada nestas diferenças clínicas, fato este que não é captado pela análise do banco de dados; 2) Os grupos não são pareados quanto às características clínicas pré-operatórias, o que compromete em algum grau as conclusões; 3) A intenção de tratar não pode ser identificada, pois o banco de dados identifica apenas o uso ou não uso da CEC, de maneira que as conversões de CRM sem CEC para CRM com CEC no período intraoperatório não pode ser analisado, fato este que pode enviesar os desfechos adversos no grupo CRM com CEC, 4) a população estudada foi analisada de forma retrospectiva. Para que estas limitações sejam superadas, são necessários mais estudos prospectivos randomizados.


    CONCLUSÃO

    A CRM sem CEC em mulheres diminuiu a taxa de complicações em comparação com a CRM com CEC. Apesar de termos encontrado menor taxa de mortalidade no grupo sem CEC, este estudo não teve poder estatístico para demonstrar de forma robusta esta diferença.


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    Article receive on quarta-feira, 11 de novembro de 2009

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